Legítima proeza

Aperta o gatilho quem tem o porte

No grupo distinto do qual faz parte

O grosso calibre produz o forte

Por isso é preciso erguer estandarte

Procura a criança uma astuta bola

Encontra no alforje nefasta bala

Na entranha de uma viril pistola

O brinquedo insólito, então, estala

Frustrou o objeto o papel da defesa

O não-brinquedo do infante de bem

Consumando a legítima proeza

A parentela lamenta e contorce

O regulamento cheira a desdém

Na letra do artigo que cede a posse

Renato Pereira Aurélio
Enviado por Renato Pereira Aurélio em 24/03/2019
Código do texto: T6606550
Classificação de conteúdo: seguro