Metamorfose

Transvazei infernos ao cair do dia

Gotejando mágoa que virou cicuta.

Tornei desprezo em amor de puta,

Escombro em rebuscada arcaria.

Metamorfoseei a própria anatomia

Almejando lapidar a pedra bruta.

Desafiei a física quântica nesta luta,

Meu pedaço cintilante de alquimia.

Visitei imensos sóis incandescentes,

Peregrino pelos cinco continentes

Expurgando o mal que me consome.

Implorando aos céus por piedade,

No peito, o punhal de uma saudade

De um Amor que nunca teve nome.

marcelo ferraz
Enviado por marcelo ferraz em 20/09/2007
Código do texto: T660862
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