SONETO 153

Minha solidão é uma chuva

Desce do Paraíso como a culpa

E em minh'alma deixa muda.

Cada pingo d'água é tristeza

No meu coração paixão Dantesca

A resvalar lágrimas de tua beleza.

Mas, sou santo pobre e melancólico

De caridade ao teu amor catastrófico

Que em mim si faz Satã gótico.

Dentre os clarões da chuva ó amada

Ao sangue do pacto negro manchada

Em mel de tua boca sonho ou pancada

Faz orvalhar, orvalho meu, letras doída.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 11/04/2019
Código do texto: T6621039
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