Mal de Alzheimer

Seria uma incógnita a espreitar

O outono que sem volta amedronta

No interim de um breve caminhar,

Ou enigma da estação que desponta?

Memórias são agora rotas lágrimas

Resvaladas no rosto angelical do amor

Outrora minas flores heterônimas

Agora, um sem lembrança, pura dor

Quisera firmar promessa para ver

Em púlpito, fino pensar de antes

Em discurso pontuado sem estremecer

Prazer, sou aquela que presenciou

Os rimares em saraus elegantes

De uma primavera que me encantou!

_____

Inspirados em "Cantos de outono" de Sonya Azevedo.

Dedico a alguém especial que tem Alzheimer.

Gisely Poetry
Enviado por Gisely Poetry em 12/04/2019
Código do texto: T6621945
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.