O MORIBUNDO

Esbraveja e vocifera o tempo todo

Contra este, mais aquele e todo o mundo

É um poço de arrogância e prepotência

Mesmo sendo, na verdade, um vagabundo.

Sua arte se perdeu em meio ao lodo

Do rancor que traz no peito, tão profundo

Das pessoas que trabalham e, com decência,

Se diferem deste triste moribundo.

Sua pena, sem prestígio e sem valia

Afastou-se do universo da poesia

E hoje quase nada mais sabe escrever.

E este louco, carregado de rancores,

Vai perdendo seus amigos, seus amores

E sozinho e que um dia vai morrer.

Caio César Muniz
Enviado por Caio César Muniz em 21/09/2007
Código do texto: T662267
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