SONETO - Amores no tempo – 13.02.2019 (PRL)

Meu rosto já plissado e esmaecido
pelo tempo do qual vou me lembrando,
tem um lado que apenas apanhando,
encobre o outro já tanto desvalido...

Tal qual meu coração que em nada manda,
por perder teu amor em cada banda,
sujeito a mergulhar num velho engodo,
ou mesmo conviver dentro do lodo...

Que a sociedade maluca e devassa,
oferece na rua e pela esquina,
amores emprestados e de graça...

Em transas de garotas atraentes,
cuja postura jamais me fascina...
na maioria das vezes, delinquentes.

SilvaGusmão
Foto: GOOGLE