Tarde demais

No efêmero instante, derradeiro,

As mãos apontando o firmamento,

Uma luz clareou meu pensamento

E enxerguei meu Eu verdadeiro.

Da minha gênese àquele momento,

Experimentando amores passageiros,

Havia dado por qualquer dinheiro,

Meu mais precioso sentimento.

Por não acreditar em quem se gosta,

Meu coração atormentado, mas silente,

Cumpria a penitência a ele imposta.

Este verdadeiro Eu que me envergonha,

Escancarado e nu na minha frente,

É justamente o que todo mundo sonha.

marcelo ferraz
Enviado por marcelo ferraz em 22/09/2007
Código do texto: T663230
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