Só mais um sujeito comum

Encontro-me num impasse, para variar. 

Todavia, convencida que é minha musa,

Mais do que imediatamente ela me usa,

Ciente que não ouso, à toa lhe contrariar.

Permito seus desígnios, não há escusa;

Trama ardilosa e complexa de desenrolar,

Um arranjo que não conseguirei arranjar,

Talvez fruto da minha disposição obtusa.

O olhar doce, oculta o aspecto matreiro, 

Num revés perigoso, porém, corriqueiro.

Deste modo não chego a lugar nenhum,

Fico estagnado, encarcerado no nada,

E não sei se ela é ninfa, bruxa ou fada, 

Só sei que sou mais um sujeito comum...

T S Sevla
Enviado por T S Sevla em 26/04/2019
Código do texto: T6632689
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