CINJO-ME DE VERSOS

Nem sempre as primaveras florescem;

Algumas são de ausências de cores.

Dias cinzas que de beleza desmerecem,

São espinhos cravados permitindo dores.

Entre tantos entretanto... Escrevinho.

De nada apeteço, meus olhos turvos

Despertam... perdidos no caminho;

Torno-me:_ túmulo, corpo recurvo.

Estes dias primaveris de ausências

Cinjo-me de versos, para curar a alma;

As memórias perdidas em iminências.

Hei de sobreviver a mil outras estações,

Neste abismo de tantos desencontros

Sou mais um poeta cheio de ilusões.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 02/05/2019
Código do texto: T6637337
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