CINJO-ME DE VERSOS
Nem sempre as primaveras florescem;
Algumas são de ausências de cores.
Dias cinzas que de beleza desmerecem,
São espinhos cravados permitindo dores.
Entre tantos entretanto... Escrevinho.
De nada apeteço, meus olhos turvos
Despertam... perdidos no caminho;
Torno-me:_ túmulo, corpo recurvo.
Estes dias primaveris de ausências
Cinjo-me de versos, para curar a alma;
As memórias perdidas em iminências.
Hei de sobreviver a mil outras estações,
Neste abismo de tantos desencontros
Sou mais um poeta cheio de ilusões.