Dia nebular
Há dias em que nos faltam as palavras
A voz se esconde como um nó na garganta
Mergulhamos em um percurso sem estradas
Não vemos pegadas, só a poeira que se levanta
Num breve segundo tínhamos uma realidade
Que de repente se sucumbiu na irônica vida
Assim, simplesmente num tom triste e cinza
As lágrimas ousam escorrer por nossa face
Os pensamentos que de certo modo eram fixos
Tornam-se um vazio espaço de desordem
Porque não é fim, mas certamente um choque
Tudo é estranho, porque não sabemos motivo
Creio que nem é preciso saber, apenas confiar
Para tudo e em todo caso… ressignificar.