Abaixo os Poemas de Amor!
Abaixo os poemas de amor,
O previsível discurso do tolo
E, de risível incontido chôro,
Abaixo as canções de dor
Abaixo tudo de imérito,
Paixões à luz do luar,
Se há sentido no verbo amar,
É no futuro do pretérito
Grafem onde eu repousar:
"Aqui jaz quem jamais amou,
Quem de tal mal jamais sofreu"
Ah! Quisera eu me enganar!
Ao jazer quem jamais amou,
Morre alguém que jamais viveu