Abaixo os Poemas de Amor!

Abaixo os poemas de amor,

O previsível discurso do tolo

E, de risível incontido chôro,

Abaixo as canções de dor

Abaixo tudo de imérito,

Paixões à luz do luar,

Se há sentido no verbo amar,

É no futuro do pretérito

Grafem onde eu repousar:

"Aqui jaz quem jamais amou,

Quem de tal mal jamais sofreu"

Ah! Quisera eu me enganar!

Ao jazer quem jamais amou,

Morre alguém que jamais viveu

Elvio Silva
Enviado por Elvio Silva em 10/05/2019
Reeditado em 10/05/2019
Código do texto: T6644047
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