Soneto Sem Açúcar

Quando a dor no peito vem,

A sede sempre é precisa:

Algo forte — ela frisa.

O lugar eu já sei bem.

O café esquenta a brisa.

Minha avó, sempre assertiva

Dose de perspectiva,

Quanto o coração precisa.

Forte como a nossa morte

Que recolhe os pedaços,

Lembra como a vida é sorte.

Quente como seus abraços

Que me viram para o norte,

Fortalecem nossos laços.