Esperança ouve o peito solitário
Esperança ouve o peito solitário,
uma voz bradar na soledade.
Como um sino triste no campanário,
n'alma triste bradas a saudade.
Senhora das venturas e dos pesares,
a vida, sonhos fica-lhes a ver...
Sem destino indo pelos ares,
juntos partindo no entardecer.
Desilusões de novo tuas notas,
ouço no silêncio das horas mortas.
Ah! Eu ouço cantares dentro assim...
Uma canção que diz, ó plenilúnio,
que ao partir meu infortúnio,
é não mais o teu olhar teres pra mim.