O SÍTIO

Quão remanhosa é a paz no sítio, "um belo lar,"

Rústica refração... Coágulos de sol quente...

E, fria ao cair da tarde à luz do luar,

Vive como a espiar o coração da gente!

Rouquenha range a cancela lá na estrada,

Em disparada mais um dia... O entardecer,

Alguém de volta, o arrebol, a passarada,

O deslumbre lá na mata, o rio, o anoitecer!

Pulos alvissareiros inda à luz do dia,

Refletia o teu semblante ao escurecer,

Daquela orla, gritos confusos ouvía-se!

Movida pelos tardos e sedentos tais...

Bradava ao ranger de um dorido ao lento,

Que, de esse sonolento ópio, o teu próprio ais!

fcemourao
Enviado por fcemourao em 21/05/2019
Código do texto: T6653035
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