A vida do eu vivo

O passado assim tão presente iluminando

A noite escura que reluz e brilha

Ofuscando as razões encantadoras da mente

No que se imagina do futuro a existência

Se depara assim com momento ausente

De uma divindade ou ainda talvez vidente

Entre a eterna noite que se esconde

De um sol escandecente a ofuscar

Um eu de mim emigrante das trevas

Sem futuro atroz ou arrogante

Na convergência deste agora, para um ontem

Assim o tempo funde em si mesmo o meu tempo

Onde só a vida saberá distinguir o momento

Do o que se foi a tempo e do há de vir com o tempo.

Kiko Pardini