O Erro ululante
Num universo imenso e relicário
Onde flutuam astros, nebulosas,
Senti seu toque, as mãos nervosas,
Como quem caminha pro calvário.
Registrei teu rosto num sudário,
E cobri de ilusões as duvidosas
Certezas e paixões escandalosas
Do teu mundo sem fim imaginário.
No suplício imenso pagaste o preço
E o pior de tudo é que eu mereço
O mal das intenções pouco sinceras.
Se um dia tu sonhaste em ser feliz
O teu erro mundano a contradiz
Na tua estrada cheia de quimeras.