PROCURO-TE
“Talvez numa jornada derradeira
Tu possas escutar enfim, meu pranto,
E vir para os meus braços, mais inteira
Sem medos, com os olhos no futuro.
Escute meu amor; eu te amo tanto,
Às cegas, nesta angústia, te procuro”
(Marcos Valério Mannarino Loures)
Nessa jornada amor eu te procuro
Esse caminho faço, no entanto
Minha visão nublada pelo pranto
Tenta expulsar o espírito impuro.
Quero livrar-me, então, desse monturo
De vermes e vampiros qual um manto
Que querem me cobrir – calar meu canto,
Tornar-me um covarde – inseguro...
E agora me abandona assim sem dó
Deixando-me sozinho como Jó
A minha estrada está arrefecida...
Procuro-te às cegas nessa angústia
Possas ouvir meu pranto nem que custe a
Pra mim o meu suspiro e minha vida...
24/09/07