PROCURO-TE

“Talvez numa jornada derradeira

Tu possas escutar enfim, meu pranto,

E vir para os meus braços, mais inteira

Sem medos, com os olhos no futuro.

Escute meu amor; eu te amo tanto,

Às cegas, nesta angústia, te procuro”

(Marcos Valério Mannarino Loures)

Nessa jornada amor eu te procuro

Esse caminho faço, no entanto

Minha visão nublada pelo pranto

Tenta expulsar o espírito impuro.

Quero livrar-me, então, desse monturo

De vermes e vampiros qual um manto

Que querem me cobrir – calar meu canto,

Tornar-me um covarde – inseguro...

E agora me abandona assim sem dó

Deixando-me sozinho como Jó

A minha estrada está arrefecida...

Procuro-te às cegas nessa angústia

Possas ouvir meu pranto nem que custe a

Pra mim o meu suspiro e minha vida...

24/09/07

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 25/09/2007
Código do texto: T667969
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