ENTERNECIDA

No meu jardim, quase sempre há flores

Tantas antigas e outra ainda tão jovem

Fazem-me festas, derramam amores

Espargem perfumes e me comovem

Ponho-me a bailar, e as sedutoras

Por me crerem a menina de outrora

Deixam que me vista na cor da aurora

E tenha uma esperança imorredoura

Quando o sol se esconde no horizonte

Para o seu repouso bem merecido

Recolho-me em contrita penitência

Vejo réstia de luz atrás do monte

E envio-lhe num beijo merecido

Pedindo que volte logo à querência

MADAGLOR DE OLIVEIRA
Enviado por MADAGLOR DE OLIVEIRA em 12/07/2019
Código do texto: T6694071
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