Lembranças do vento
Noite sem luar... Lembranças do vento
as árvores nos montes balouçando...
E só, perdendo-se nas vagas do lamento,
triste, minha alma navegando.
Quanta dor brotaste neste prado,
que seguia suspirando a sonhar...
Deixando sombra morta do meu passado,
para trás sem mais olhar.
O beijo qu'afloraste como urzes ao relento,
nesta noite sem luar trouxeste-me o vento.
E triste minha alma nessas vagas navegando...
Mágoas e tristezas, sempre atrás do horizonte,
foi deixando-lhes ali naquele monte,
relembrando as umbrosas balouçando.