MEDITAÇÃO DO FIM

No chão espero o fim, enquanto vem,

Faço intervalo pra mais um cigarro.

Os bichos me acompanham, lhes convém

Matar a fome no canto que escarro.

Perdendo a relevância, tudo, além

Da ordem nociva, o não estar bizarro.

Existo dentre o nada que contém

As poucas coisa sólidas que agarro.

Meus olhos pendulando sob o sono

Acompanham inertes, movimento

Das horas em completo abandono.

Cogito a vida por quase um momento

Perdido vendo em cinzas e carbono,

Tempo da morte deste pensamento.

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 13/08/2019
Reeditado em 11/11/2019
Código do texto: T6719165
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