HORAS DESERTAS
 

Na deserta estrada das horas
Emoções perdidas em desencontros,
Nas tantas inseguranças do agora
Em nenhum tempo me encontro.
 
Corpo nu e vazio, que se esgueira
No silêncio cortante das madrugadas,
Alma na cumplicidade dessa cegueira,
Emudecida em agonia, encarcerada...
 
Esperança consumida, ressequida,
Tombada no solar sombrio da solidão.
Olhar extenuado e distante da vida,
 
Perdido nos umbrais da escuridão,
Velando contrito a inútil sobrevida
Do amor agonizando em sua prisão...
 
 
 
07/09/2007
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 28/09/2007
Reeditado em 16/10/2009
Código do texto: T671964