Limbo

Quando! Minha tristeza me prova

Numa noite fria e delirante

Penso, num futuro não tão distante

Em qual coveiro cavará minha cova.

Como dirás o infinito, eu só procuro o fim

Não sou eterno... Mas sou terno!

E tenho consciência do inferno

Que tanto queima em mim.

As cinzas do destino, no tempo jogadas;

Na aliatoriedade das estradas,

Não sei em qual irei me aventurar.

E no vazio da minha festa

Danço a solitária melodia que me resta

No escuro da noite e sem saber dançar.