Não Predestinado
Não Predestinado
Se fosse predestinado para escrever
E de mim algum engenho fizesse parte,
Se a encontrasse juntar-lhe-ia a arte
Para que os modestos versos pudessem ler…
Mas assim me parece não acontecer
Há dificuldade em rima que encarte,
Assim este escrever é puro enfarte
Que qualquer um leitor irá aborrecer…
Não mais quero no poema lamuriar
Daí o modesto soneto abreviar
Para todo o leitor poder descansar…
Assim esteve a mente a fantasiar
Quis o canto com beleza privilegiar
E desta forma vai o poeta terminar!
Casmil, Agosto de 2019