SONETO À TARDE

Uma criança que corre pelas ruas,

Um uniforme que se destaca no asfalto,

Um sol que agora queima no corpo,

Um sapo que se aproxima num salto!

Uma tarde que se adentra na manhã,

Uma mulher que descansa adormecida,

Um rumor crescido que se alonga,

Uma amargura diária que chega incompreendida!

Um vagido que se faz anunciar,

Um descanso que se interrompe bruscamente,

Um suave farfalhar que denota paz!

Um varal que se curva pesado demais,

Um vento que emana lentamente,

Uma tranqüilidade que se acerca do lar...