Éden
Uma coisa que muito admiro
É o plantae, que com luz e calor
E sem... Precisar de amor
Faz o ar que eu respiro.
Nós do animália somos vermes errantes
Entregues! A Vênus embriagante da carne
Ao prazer e depois ao escarne
A durar mais, que meros instantes.
Quem do Éden deixou escapar essa aflição
Está condenado no jardim do meu coração
Por tantas flores murchas que há em mim.
A fruta deliciosa da árvore do conhecimento
Nós, pobres Adões somos devorados pelo sentimento
Na profundidade do começo e pelo abismo do fim.