Silenciosas murcham as flores
Silenciosas murcham as flores, nessa estrada,
um dia vai, o outro vem, e nossas vidas...
Ao colher nas manhãs o frescor d'alvorada,
se banham com a luz do céu caida.
Como salmos ao matinal assomo,
um sentimento hei aqui de teres...
Por dentro, florescendo, como
um arvoredo no bosque a floresceres.
Só a saudade ecoas aqui plangente,
e eu levo-te comigo enquanto avanço,
certeza esta de todo vivente.
Em hora incerta minha sombra,
teres enfim o meu descanso,
no colo desta que me assombra.