jardim
um soneto alexandrino
pelas manhãs que o Sol embala os girassóis
pirilampos apagam todos os faróis
verdes pastos ungidos no sereno fresco
o lírio branco de tuas meias de seda
de calda longa desce uma enxurrada
me lembrando o vestido que você usava
uma rosa amarela se fez de camafeu
foi um choro noturno que me acorreu
os contrastes de luz lembrando seus cabelos
uma fada sorrindo em seu doce gracejo
as nuances falam aos olhos de meu ouvido
lembranças que me fazem perder o sentido
tudo o que conversamos restou para mim
a solidão transformando-se em meu jardim.
gentil poeta brasileiro 01-09-2019