Seresta ao Luar

Vendo a lua brilhando cor de prata

Faz lembrar-me da minha jóvem guarda

Que com o pinho eu fazia serenata

Altas noites sentado na calçada

Eu cantava a canção do puro amor

Bem ao pé da janela da amada

Minha vóz era um despertador

Lhe acordava e me ouvia bem deitada

No silêncio da noite a melhor hora

Toda vez que se canta o pinho chora

Nos acordes das cordas afinadas

Satisfaz o prazer do seresteiro

Quem acorda-se sente prazenteiro

Os lazeres das altas madrugadas

Edgar Ramalho de Freitas
Enviado por Edgar Ramalho de Freitas em 30/09/2007
Código do texto: T674610
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