Inocência

Os meus sonhos me levaram docemente,

Sob o véu de luz serena, linda e mansa,

A andar pelos caminhos calmamente,

Resgatando meu carisma de criança.

Despojei-me dos desejos e loucuras,

Cachoeiras de sofrer em desalinho,

Para assim me aconchegar em sãs venturas,

E cantar com emoção, mas bem baixinho.

Numa noite sem luar vi as estrelas,

Descansando tão serenas, tão brejeiras,

E em segredo começaram sussurrar.

Cativaram meu coração inocente,

Que aflorou o meu ser serenamente,

Fiz-me sonho em doce canção de ninar.