ESTIGMA

Clama socorro no canto milésimo

A voz oblíqua dum'alma hermética

Que aguarda o juízo impetuoso

Perdida na turbulência sincrética

O sólido ônus da contrição imposta

Castra anelos que fluem genuínos

Estrangula os impulsos intrínsecos

Que subsistem réus, clandestinos

Sedentas palavras dão luz à prece

Que expira em um desvão obscuro

Renuncia o espiríto que esmorece

A alma, cansada, quer o doce mortal

Que, mordaz, transfixa a têmpora

Anseia o epílogo da viagem abissal

Natan Batista
Enviado por Natan Batista em 11/10/2019
Reeditado em 11/10/2019
Código do texto: T6767041
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