ESTIGMA
Clama socorro no canto milésimo
A voz oblíqua dum'alma hermética
Que aguarda o juízo impetuoso
Perdida na turbulência sincrética
O sólido ônus da contrição imposta
Castra anelos que fluem genuínos
Estrangula os impulsos intrínsecos
Que subsistem réus, clandestinos
Sedentas palavras dão luz à prece
Que expira em um desvão obscuro
Renuncia o espiríto que esmorece
A alma, cansada, quer o doce mortal
Que, mordaz, transfixa a têmpora
Anseia o epílogo da viagem abissal