CORTINA DE VIDRO

Me senti um palhaço a fazer gracejos de graça;

Sentia-me como um vendedor de ilusões;

Pelas desilusões deste momento ímpar;

De te ter na platéia, um despedida, enfim!

És Tu! És...! A borrar a maquilagem de cores;

Que arranquei da tua máscara o retrato;

Onde fizestes por alguns momentos incertos;

Quando olhavas u homem desnudo em prece!

Se somos felizes pela dor de sermos sós;

Não adiantaria um teatro como pano de fundo;

Para desgraçadamente falar do espetáculo;

Eu tentei te olhar fora dos refletores;

Porém, nunca saístes dessa platéia vazia;

Onde vives a fazer morada por nós.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 25/10/2019
Código do texto: T6779253
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