As dores meu peito apunhalaram
As dores meu peito apunhalaram,
neste mundo, viveres, por que eu vim...
Meus sonhos solitário me deixaram,
assombra-me pensares no fim.
Se me encantas ainda o teu lume,
ó estrela, que cintilas para mim...
Minh'alma embalsamai com teu perfume,
flor não deixe que eu sigas triste assim.
Ó silêncio dos densos nevoeiros,
palor que banhas o campo vário,
olhares e suspiros derradeiros.
Vozes que se calaram na despedida,
ainda soam como o sino no campanário
as lembranças em minha vida.