Dançar à luz do Luar

 
Gigantesca e alva, misteriosamente ela flutua
Embriago-me de paixão numa magia sedutora
Alusões a palpitar numa serenata encantadora
Murmúrio virginal da noite que tocam na pele nua.


O sussurro dos ventos que embalam os arvoredos
Brisas suaves sopram nas folhas que se entrelaçam
Nas voragens perfumadas, brincando elas dançam
Extravasam a sorrir os sonoros cantares do bicharedo.


Levanto meu olhar para você e convido-te para dançar
Na campina orvalhada vou deslizando meus pés desnudos
A natureza me embala, a lua silencia e eu começo a cantar.


Desperto rodopiando no clarão, debaixo da imensidão do céu
Num labirinto de sonhos, ouço doçuras dos lábios carnudos
Devaneando como as nuvens, flutuo com os brancos véus.



 
Texto: Miriam Carmignan