No Cemitério

Fim de tarde na mansão tenebrosa

Das marmóreas límpidas latejam

Com lápides cinza ali vicejam

Agito nos umbrais do fim rosa.

No solo porém os vermes rastejam

Num presságio de dor lacrimosa

A Louca vampira bela e vaidosa

Brancas a surgir das trevas praguejam.

Chora à dolente Clitemnestra maldita

Unção de Electra com Afrodite

A deusa das pétalas aqui infinita.

O roseiral nas faces do vil Dite

Na corrente que prende a Hidra

Afloram as mil maldades de pedra.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 03/10/2007
Reeditado em 16/10/2008
Código do texto: T678841
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