Luxúrias

 
Numa noite calma, brandas são as ternuras
Nostálgicas e trêmulas almas nas dormências
Sonhando acordada nas leves florescências
Tua imagem dócil e com as cândidas venturas...


Visões de luxúrias que revestem o meu encanto
Das juventudes flóreas com os clarões fecundos...
Quando a beleza reveste os desejos mais profundos
Num misto de puberdade, como um helianto...


Sombras do envelhecer, num luar prateado
Estrelas que cintilam no acariciar espontâneo
Cativos momentos que renovam sonhos alados.


Na surdina, o orvalho cai, me deixa ludibriada
Reconecto-me com o teu perfume momentâneo
Venturas e ternuras numa noite terna, enluarada...




 
Texto e imagem: Miriam Carmiganan