Soneto do brotar de si

Perdida e descrente pelo caminho

Seguia fria e inconstante

Massacrada por conceito e pudor

Cansada, desamparada, doente.

Eis que a vida é feito moinho

Que dá voltas a todo instante

Ainda que houver um fio de amor

Será possível seguir em frente.

Se enterraram meus sonhos numa cova

Enterraram-me também a mim

E mesmo com os olhos cegos

Pela terra te todos os egos

Sentia, mas sabia não ser o fim

Pois que, daí, brotei forte; nova.

Leila Izar
Enviado por Leila Izar em 08/11/2019
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