Asas de mim

Assim sou: veia, liberdade e pena.

Cena linda: eu cortando todo espaço,

Abraço no vento, tão alma, tão plena,

Obscena agitação; pernas e laço.

Passo, voo e volto; pássaro leve,

Breve no lugar e no céu me traço.

Pedaço de mim, a vida descreve,

Deve ser a poesia em compasso.

Ultrapasso os limites e me insulto.

Sepulto a tristeza e feliz repasso,

Caço forças; sou fortaleza e vulto.

Tumulto de mim nas asas e braço,

Faço da vida leveza; então exulto.

Faculto, a cada instante me refaço.

#ordonismo

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 09/11/2019
Código do texto: T6791112
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