Debalde Cismar
Neste ensejo feral do padecer,
Sôfrego haurir sua feérica voz.
Em silamento rememoro seu ser,
No ergástulo da hora atroz.
Oh! Alva dama do meu cismar,
Apetece - me ser olvidado em seu olhar.
Embalde, tentar seu ínfimo granjear,
E na noite lúrida do amor errar.
Emudecer, meu íntimo no seu cenho a fitar,
Desvelar o pejo do seu edênico olhar,
E seus miríficos lábios tragar.
Destarte, sob o tetro velário da existência,
Minh’ alma segredada em dolência,
Anela o seu quimérico oscular.
Em II de novembro de MMXII. E. V.
Dies Veneris.