BOBA ABELHA

Flutua abelha abobada ao vento

na vida em nada coerente e justa

que não serena, tampouco assusta;

o seu labor é engolir momento.

De sentimento sedado, oculto,

a abelha gente prossegue lerda;

sequer difere manjar de merda

em seu resumo de mundo, o culto.

Vagueia sobre a extensão dos fatos,

ao céu cinzento de vesgos atos,

rodando só, sem qualquer ligame.

Enfim retorna a sugar agoras,

ferroando o fero esvoaçar das horas,

a seus restritos colmeia, enxame.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 20/11/2019
Reeditado em 20/11/2019
Código do texto: T6799214
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