Flores que olhares contemplaram
Flores que olhares contemplaram,
num bosque sem o brilho do luar...
Jaziam vós que outrora exalaram,
doce o teu perfume pelo ar.
Rosas que delicadas mãos tocaram,
coloridas rosas a encantar...
Aflitas almas que lhes olharam,
num horto ou silentes no altar.
Urzes que ouviram meus martírios...
Serenas noites iluminaram
vós que sois assim como os lírios.
Frágeis ao lábio que lhes vem beijar,
ó flores, que os ventos desfolharam
num bosque sem o brilho do luar.