Recidiva
O amor é um tumor que arrebenta
A alma que em descuido se expõe
Acaba com o sossego e traz tormenta
Destrói todo sorriso e decompõe
Mas, há quem busque enfermo sempre ser
E quem rejeite dele se curar
Há quem dele precise pra viver
Quem se recontamine de amar
Por fim, deve haver algum alento
Em amar, mesmo beirando a agonia
Se muitos, pois, preferem tal tormento
Então vou-me arriscando em ousadia
De recidiva vivo em meu momento
De amar, buscando paz e alegria.