Cárcere
Cá estou preso nesta Fortaleza
Que em escuros claustros tolhe a liberdade
São grossas paredes de dor e saudade
Por elas me chamam Dona da Tristeza
Da torre as águas escorrem do espelho
Da alma. A boca recita esperança
Quisera vivesse em uma lembrança
Longínquo passado, hoje pesadelo
Por fora é pedra, rochosa parede
O pranto chorado não mata a sede
Ninguém do outro lado vê esse desgosto
E tu já não ouves nenhum dos gemidos
Também não percebes o quanto eu grito
Por trás do sorriso estampado no rosto