Polissíndeto

E passa os dias sentada à porta

E tece um rio com as suas lágrimas

E cai pelo chão desejando estar morta

E já não espera amar... ser amada

E todo seu mundo hoje é preto e branco

E cor de outrora não traz alegria

E assiste o rio correr com seu pranto

E pensa na vida agora vazia

E não se importa de ver-se julgada

E sente-se porta... rio... estrada...

E nada preenche seu mundo vazio

E segue chorosa... sozinha... calada...

E da sua porta observa a estrada

E lembra o bem que por ela partiu