FOLHAS DA VIDA

Neste papel branco descanso minh'alma,

Ditadas em versos e prosas.

Falenas no meu sono que acalma,

Alcova de paredes silenciosas.

A cada estrofe infinda desfolhadas,

Preso ao conteúdo suavimente vivido.

Lembranças ressoam formas deslumbradas,

Sepultando cada tormento sofrido.

Cânticos são ouvidos em total harmônia,

Prende-me a lua crepita e sombria.

Sedentas frases de delírios insanos.

Murmuro nas entre linhas os desenganos,

Lânguida pela madrugada arrastada.

Toda gratidão de uma vida amortalhada.

Sergio Braziliense
Enviado por Sergio Braziliense em 27/12/2019
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