Sob este céu que vaga tantos astros
Sob este céu que vaga tantos astros,
navio que vaga em busca do seu porto.
Ai, meu passado jazes neste horto,
onde o tempo apaga nossos rastros.
Que importa, o sonho, quando morto,
navio que vaga sem os mastros...
Minha alma busca o seu porto,
neste céu que vaga tantos astros.
Foram elas, brancas e silenciosas,
ao cair da noite, quando vinham
as sombras no jardim cobrir as rosas.
Restou-me só, o silêncio e este céu,
vendo-as em bando quando partiam,
merencório como um negro mausoléu.