Eterna primavera
Amar-te, para mim, ainda há pouco,
Um sonho tão distante e sem sentido.
A meta principal de um plano louco,
Um ideal bastante indefinido.
Mas, por capricho, o meu lamento rouco
Vibrou suave junto ao teu ouvido.
Com isso não contava, nem, tampouco,
Que fosses atender ao meu pedido.
E agora, envolto em teu abraço terno,
Surpreso, vi, que foi a longa espera
Pequena amostra, apenas, de um inverno
Que tão cruel como eu pensei não era,
Pois nosso amor já se fazia eterno,
Na luz de tua eterna primavera.