Eterna primavera

Amar-te, para mim, ainda há pouco,

Um sonho tão distante e sem sentido.

A meta principal de um plano louco,

Um ideal bastante indefinido.

Mas, por capricho, o meu lamento rouco

Vibrou suave junto ao teu ouvido.

Com isso não contava, nem, tampouco,

Que fosses atender ao meu pedido.

E agora, envolto em teu abraço terno,

Surpreso, vi, que foi a longa espera

Pequena amostra, apenas, de um inverno

Que tão cruel como eu pensei não era,

Pois nosso amor já se fazia eterno,

Na luz de tua eterna primavera.

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 04/01/2020
Reeditado em 28/04/2020
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