Frenesi
Teus olhos contrastando seu negror
No brilho de tua face que se aviva.
Teu corpo belo de mulher esquiva
Derrama, nos meus pés, o seu langor.
Teu riso branco, cheio de calor,
Molhado de alegria me cativa,
Tua boca quente, como chama viva,
Sussurra frases, fala-me de amor.
Num beijo leve um sôfrego arrepio
Perpassa-lhe as entranhas e antevejo
A seda de teu seio tão macio.
Termina o doce enleio inexprimível
Meu corpo, amalgamado de desejo,
Na ardente chama do teu corpo níveo.