Quem és tu, oh! Alma...

Quem és tu, oh!, Alma de longínquas eras

Que me persegues desde os tempos imemoriais?

Que te fiz eu para com a força de mil feras

Rasgar-me o espírito com tuas garras anormais?

Se algo a ti fiz, o tempo enterrou em seu cemitério;

Perdoa-me, portanto, e em paz deixa-me viver

Esse teu ódio a nós é terrivelmente deletério

Perdoa-te também e acaba com o nosso sofrer.

Do que passou, não trago nesta vida vaga lembrança

E creio já ter quitado os débitos de outra existência

O que desejas é apenas vil, fria e fútil vingança.

Para! Já nos basta toda esta triste experiência!

Joga fora a mágoa que te enodoa o etérico coração

E vamos aprender e seguir juntos o caminho da evolução!

Cícero - 09-01-2020

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 09/01/2020
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