Alma Solitária

Traz-me, o vento, aromais de rosas

desfolhadas no alvor das manhãs frias.

Ai, minh'alma chora nessas umbrosas,

onde os pássaros cantam nas galharias.

Florescem açucenas silenciosas,

ao dobre de belíssimas melodias...

Partem as horas, ai, tão vagarosas,

levando consigo as melancolias.

Lembranças que ainda minha senhora,

tu qu'escutas calada os meus pesares,

nascem como a luz etérea da aurora.

Vida que entoas merencória tua ária,

quando a noite cobre ermos esses vales,

ri, a minha alma, no peito solitária.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 18/01/2020
Reeditado em 05/02/2020
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