Soneto Sem Vida

Janelas fechadas de sol ausente

vidas esquecidas pelo caminho

histórias apagadas, rasgadas

e um silêncio germinando ao alvorecer

Portas trancadas de céu nublado

calor, nevoeiro, rio que faz morrer

o peito arde, o coração lacrimeja

não viver quem deveria estar vivo

Palavras sussurram na alma

ceceadas palavras buscadas no clamor

e aquele que deu vida se fez tirar

O féretro vagando vigilante em dor

saudade marcando pelo infinito

e agora é choro, perda, oculta e vazia.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 28/01/2020
Reeditado em 29/01/2020
Código do texto: T6852287
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